26 de agosto de 2009

Em busca da completude no amor.


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Li esta matéria e gostei tanto das palavras de sua autora que resolvi trazê-las para minhas leitoras, interessadas em assuntos relacionados à mulher. O artigo de Sandra Maia traz conteúdo suficiente para um oportuna reflexão sobre o amor e acerca da relação homem/mulher no casamento, no namoro ou na modernosa “ficância”.
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“Muda tudo e nada! Muda a forma de se conduzir a relação. A maneira como escolhemos trabalhar, nos desenvolver - seja em qual campo for - afetivo, emocional, profissional - então muda tudo e nada ao mesmo tempo...
É verdade que os homens estão cada vez mais assumindo seu lado feminino e, as mulheres - por contingência - tomando a frente de muitas questões - entre elas - a da administração da casa. Isso é real e segue em uma velocidade surpreendente...
Então isso muda? Muda - agora - em minha opinião - o que permanece é a essência. MASCULINO E FEMININO - serão sempre parte do DNA, do âmago, do que nos faz um ou outro. Entendo realmente - que isso não deva nunca ser perdido de vista. MULHERES GOSTAM DE SER TRATADAS COMO MULHERES, HOMENS GOSTAM DE SER TRATADOS COMO HOMENS. E, toda vez - que na nossa relação - invertemos papéis e apostamos - no assumir o que não é nosso - tiramos o espaço do outro, acabamos com a intimidade, a sexualidade, o prazer... E, mesmo que o equilíbrio seja o contrário ou seja - um homem agindo como uma mulher e, uma mulher agindo como um homem - dentro da relação - um dia a casa cai... Isso não dura eternamente. Pode ser atraente no início - a longo prazo - cansa... Afinal - o que está dentro sempre fala mais alto... “ (By Sandra Maia)
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Concordo inteiramente com o que diz Sandra Maia, e o recado dela não é um alerta útil apenas para as mulheres que ainda não aprenderam a tratar o homem de acordo com a sua psicologia e necessidades emocionais e, na mesma medida se ajusta aos homens que se comportam com a sagacidade de um troglodita no trato com as suas mulheres. Todavia, se houver AMOR entre os dois, tais arestas serão aplainadas no diálogo e no interesse de preservarem o sentimento e a relação.
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Eu acrescentaria que as mulheres querem mesmo é ser amadas pelos homens, não descartando que eles nutrem o mesmo desejo de serem os objetos do amor das suas companheiras. Enfim, são peculiaridades do ser humano, faz parte da sua psicologia e é inerente à sua condição de ser desejante e sociável a busca do outro e a busca do amor que este poderá trazer para as suas vidas, como parte essencial e imprescindível, posto que constitui a peça que lhe falta para que sejam inteiros.
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Pois, é bem verdade que, na mesma medida em que homens e mulheres são diferentes (daí as incompatibilidades e divergências), ambos são incompletos e carentes do aconchego do outro, ambos buscam o “grande amor” que harmonizaria e equilibraria todas as diferenças e idiossincrasias inerentes à natureza de cada um. Falado nisto, veio-me à mente algumas palavras que o grande André Gide pôs na boca de um dos seus personagens: “é porque és diferente de mim que eu te amo, não amo em ti senão o que difere de mim.” Linguagem de romance, diria alguns céticos. Não. Linguagem humana, se queremos entender a essência do homem e a psicologia do amor, em que dois trazem à pobreza de cada um, a riqueza do seu próprio ser único, misterioso e insubstituível.
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É bem verdade que somos radicalmente incompletos, e é o amor que, trazendo o Outro para junto de nós, preenche, nos limites de sua contingência e relatividade, os vazios e as feridas da nossa incompletude. Quem já viveu ou ainda vive um grande amor, sabe que o amor autêntico não nos prende ao ser amado, apenas, pela superfície de nós mesmas, mas é uma energia, uma força poderosíssima que deve ligar o homem e a mulher por todas as pontas do ser e com laços indestramáveis.
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Desse modo, amar já não é olhar um para o outro, enternecidos e descuidados. Amar é antes e principalmente, olharem ambos na mesma direção. Sem isso, sem essa profunda reciprocidade na ordem da inteligência e do coração, o amor não passa de um entretenimento, de uma autêntica caricatura, se já não for banalizar e prostituir o amor, como vem acontecendo no vazio reinante das vidinhas superficiais de tantas pessoas pertencentes aos vários estratos da nossa niilista sociedade contemporânea, dominadas por medonho equívoco e pelas noções ilusórias que lhes são adstritas, que confundem atração física, paixão e luxuria com Amor.
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É só darmos uma espiadinha na mídia, tomando o universo de amostragem as atrizes e apresentadoras da TV. O que se vê é a espantosa e sistemática troca de parceiros, e os súbitos ataques de paixões avassaladoras, com direito a tatuagens risíveis, com juras de amor eterno, nos corpinhos siliconados, lipoaspirados e malhados a ferro, com estardalhaços midiáticos e entrevistas impensáveis em termos dos dislates que proferem, a cada novo grande e eterno encontrado. Como vivem apenas uma ilusão de amor verdadeiro, logo se desiludem e retornam às buscas sucessivas, passando de parceiros em parceiros, sempre insatisfeitas, tensas e brincando de faz de conta que amo e sou amada.
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Sinto pena das que seguem o “modelo” Galisteu, Débora Secco, Luana, Ana Maria Braga e, especialmente, Suzana Vieira. Não porque troquem de parceiros, direito que lhes assiste, mas pelo estardalhaço que fazem na mídia a cada nova paixão avassaladora, pelo esforço inaudito que envidam para convencerem a si mesmas e ao público que encontraram o procurado imenso, derradeiro e definitivo amor das suas vidinhas desnorteadas.
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Sinto admiração pelos que encontraram seus autênticos amores e passaram pela vida em grande estilo, conheceram a magia do amor, que regalaram a alma e deleitaram seus corpos e corações com os prazeres e a plenitude só possíveis quando somos envolvidos e dominados por um sentimento maior. Neste time teria poucos a nomear e louvar, mas, no mesmo universo televisivo e artístico, temos exemplos dignos de nossa louvação: Tarcísio Meira/Glória; Rosa Murtinho/Lauro Mendonça; Fernanda e Fernando Torres; Tony Ramos/ Esposa; Eva Vilma/Carlos Zara , e tantos outros da velha guarda... pois já não se vive e se faz o amor como antigamente!

22 de agosto de 2009

Seriado global sobre mulheres que se recusam a envelhecer

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Vibrei com a notícia de que a Globo está preparando um seriado sobre mulheres que encaram com naturalidade a terceira idade, mas rejeitam a idéia do envelhecimento, mantendo a chama da juventude e muita energia para viver, em plenitude, suas vidas. Em síntese, o enredo do seriado é o seguinte, oferecido por Carla Neves, do site UOL:
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“À beira da morte, um milionário com uma doença terminal decide confrontar suas três ex-mulheres, inimigas mortais, ao lhes propor uma missão nada fácil: administrar seus negócios em crise e fazê-los prosperar novamente. Para isso, ele estipula o prazo de um ano e resolve que aquela que se sair melhor ao realizar as tarefas que ele irá pré-estabelecer ficará com 50% de sua fortuna, ou seja, "cinquentinha" de um grande patrimônio. A outra metade será repartida entre os filhos que ele teve com elas.
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Esse é o mote de "Cinquentinha", série de Aguinaldo Silva, com direção de Wolf Maya, que a Globo estreia no próximo dia 2 de outubro. "É um seriado sobre mulheres que se recusam a envelhecer, que continuam sendo ativas. É sobre a família atual", resume o autor, que não perde a oportunidade para elogiar as protagonistas da história, encarnadas pelas sexagenárias Susana Vieira, Marília Gabriela e Marília Pêra. "São as pessoas que fazem o sucesso da televisão", acredita.
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Parceiro e admirador de longa data das três atrizes, Aguinaldo admite que se inspirou no temperamento de cada uma delas para compor suas respectivas personagens. Para Susana Vieira, o autor reservou o papel da primeira ex-mulher de Daniel (José Wilker), a "diva por excelência".
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Lara Romero. "Soube que o Aguinaldo se inspirou na gente. Se ele me acha uma diva, adorei. Achei chiquérrimo. Tentarei subir mais 20 centímetros porque uma diva não pode ter só 1,60 m", brinca Susana, garantindo que, ao contrário de sua personagem, lida muito bem com a questão da idade. "Não tenho problema de subir escada, nem de descer, nem de dançar a noite inteira. Tenho saúde, que é o mais importante. E uma genética maravilhosa do meu pai, que já está com 94 anos vivo, arrogante e ativo", diz.
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Para representar a segunda ex-mulher do rico empresário, Aguinaldo escolheu Marília Gabriela. E criou para ela a renomada fotógrafa de moda Mariana Santoro. Mãe da veterinária Becky (Danielle Winits), a personagem tem um perfil ousado e, no decorrer da história, vai se envolver com um rapaz muito mais novo, amigo de seu neto adolescente, e com a jornalista e amiga Leila Fratelli, interpretada por Ângela Vieira. "Em tempos de politicamente correto, que beira a chatice, a série tem muita coisa incorreta, como a nossa vida. Há verossimilhança entre essas e as nossas famílias", adianta Marília Gabriela, que está empolgada para começar a gravar a trama, no próximo dia 24 de agosto.
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Já a terceira ex-mulher do bem-sucedido Daniel ficou a cargo de Marília Pêra. A atriz dá vida à ex-hippie Rejane Batista, papel que, a princípio, seria de Renata Sorrah, que não pôde encarnar a figura "zen" por estar envolvida em um filme que será rodado na mesma época da série. "A Rejane não se parece em nada com os personagens que tenho feito por aí", descreve Marília, que na história terá uma prima, Leonor Berganti, que será a quarta e misteriosa ex-mulher do empresário. Esta quarta cinquentinha, porém, ainda não tem atriz definida.
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Em torno dessas mulheres temperamentais gravitarão filhos e netos, que terão com elas uma relação ora doce, ora conturbada. É que, além de mostrar que as "cinquentinhas" podem envelhecer de uma forma ativa e positiva, Aguinaldo quer abordar as diferenças de geração. Por se aproximar tanto da realidade familiar brasileira, o autor já aposta até em uma possível continuação. "Com um elenco desses, não tenho a menor dúvida de que vai ter uma segunda temporada", torce Aguinaldo, sendo logo interrompido por Wolf Maya. "Apesar não ter nenhuma confirmação da empresa em relação a isso", despista Wolf, acrescentando que a história será narrada pelo personagem de José Wilker.”
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Este é um projeto excelente, se realmente for conduzido para fazer com que as mulheres idosas aceitem a idéia de que velhice não significa estagnação, não é a passagem de uma vida prazerosa para uma outra cinzenta, melancólica e sem alegria. O meu post anterior eu abordei esse assunto. Espero não decepcionar-me com a série global, espero que não interpretem essa recusa da da velhice como um incentivo à mulher idosa para assumir atitudes de adolescentes, namorando jovens com idade para serem seus netos, usando nicro saias e fio dental, reduplicando o comportamento de Suzana Vieira, uma das protagonistas da série!

20 de agosto de 2009

A eterna juventude de uma velha senhora.

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Há meses passados, uma leitora insatisfeita com uma resposta minha às suas irreverências, chamou-me de velha e denominou-me Vovó Eva, com aquele tom de zombaria e de desrespeito que bem caracteriza certos jovens criados sem limites e sem as noções básicas de boa educação. Não fiquei chocada nem indignada, porque se há uma coisa com a qual eu convivo muito bem é com a minha idade e com as mudanças no meu físico, operadas pela passagem do tempo. Não nego a idade, não perdi a vaidade, amo a vida e não saberia viver como vive a maioria das pessoas da minha faixa etária.

Ontem, recebi uma mensagem pps que me trazia um texto, de autor desconhecido, com o qual me identifiquei profundamente, como se fosse eu mesma quem o tivesse escrito, falando de mim mesma. Como sei que, algumas pessoas que freqüentam o blog estão se aproximando da terceira idade, ou têm suas mãe já idosas, resolvi postá-lo para que reflitamos sobre o que é mesmo isto que chamam de velhice, o que é ser uma velha, como se sentem as pessoas que se aproximam da idade avançada, se é possível não envelhecer interiormente, avançando nos anos com a energia, a disposição para viver em plenitude, fruindo os prazeres e as alegrias que a vida proporciona. Vejamos o texto:

“Um dia desses uma jovem me perguntou como eu me sentia sobre ser velha. Levei um susto, porque eu não me vejo como uma velha. Ao notar minha reação, a garota ficou embaraçada, mas eu expliquei que era uma pergunta interessante, que pensaria a respeito e depois voltaria a falar com ela. Pensei e concluí: a velhice é um presente. Eu sou agora, provavelmente pela primeira vez na vida, a pessoa que sempre quis ser. Oh, não meu corpo! Fico incrédula muitas vezes ao me examinar, ver as rugas, a flacidez da pele, os pneus rodeando o meu abdome, através das grossas lentes dos meus óculos, o traseiro rotundo e os seios já caídos. E constantemente examino essa pessoa velha que vive em meu espelho (e que se parece demais com minha mãe), mas não sofro muito com isso.

Não trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, e o carinho de minha família por menos cabelo branco, uma barriga mais lisa ou um bumbum mais durinho. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais condescendente comigo mesma, menos crítica das minhas atitudes. Tornei-me amiga de mim mesma. Não fico me censurando se quero comer um bolinho-de-chuva a mais, ou se tenho preguiça de arrumar minha cama, ou se compro um anãozinho de cimento que não necessito, mas que ficou tão lindo no meu jardim. Conquistei o direito de matar minhas vontades, de ser bagunceira, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogar paciência no computador até às 4 da manhã e depois só acordar ao meio-dia? Dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos das décadas de 50, 60, 70 e se, de repente, chorar lembrando de alguma paixão daquela época, posso chorar mesmo! Andarei pela praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulharei nas ondas e darei pulinhos se quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros. Eles, também, se conseguirem, envelhecerão.

Sei que ando esquecendo muita coisa, o que é bom para se poder perdoar. Mas, pensando bem, há muitos fatos na vida que merecem ser esquecidos. E das coisas importantes, eu me recordo freqüentemente. Certo, ao longo dos anos meu coração sofreu muito. Como não sofrer se você perde um grande amor, ou quando uma criança sofre, ou quando um animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão a força, a compreensão e nos ensinam a compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser forte, apesar de imperfeito.

Sou abençoada por ter vivido o suficiente para ver meu cabelo embranquecer e ainda querer tingi-los ao meu bel prazer, e por ter os risos da juventude e da maturidade gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto. Muitos nunca riram, muitos morreram antes que seus cabelos pudessem ficar prateados. Conforme envelhecemos, fica mais fácil ser positivo. E ligar menos para o que os outros pensam. Eu não me questiono mais. Conquistei o direito de estar errada e não ter que dar explicações Assim, respondendo à pergunta daquela jovem graciosa, posso afirmar: “Eu gosto de ser velha”. Libertei-me!

Gosto da pessoa que me tornei. Não vou viver para sempre, mas enquanto estiver por aqui, não desperdiçarei meu tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupando com o que virá. E comerei sobremesa todos os dias e repetirei, se assim me aprouver… E penso que nunca me sentirei só. Sou receptiva e carinhosa, e se amizades antigas teimam em partir antes de mim, outras novas, assim como você, vêm a mim buscar o que terei sempre para dar enquanto viver: experiência e muito amor…”

Pode ser que para muitas pessoas a velhice seja sinônima de decadência física e mental, seja a fase da anulação do indivíduo, seja o marco para a desistência de fazer parte integrante e atuante na dinâmica da vida, seja sinônimo de inutilidade ou que represente a interdição do sonho e dos desejos, a abdicação da dignidade e da auto estima de quem mesmo estando vivo, torna-se o espectro de si mesmo. Para mim, a velhice é exatamente como a encara a jovem velhinha do texto: uma festa, uma celebração da vida e um ato de agradecimento a Deus por ter conseguido chegar até onde já cheguei, tão bem e tão saudável, varando as décadas, sem deixar jamais que a jovem que em mim existe se fosse embora.

18 de agosto de 2009

Mulheres sob o signo de Narciso

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A personagem interpretada por Cristiane Torloni (Melissa) na novela Caminhos das Índias configura-se como uma perfeita metáfora da obsessão pela juventude e pela beleza que cresce, cada vez mais, entre as mulheres, especialmente após completarem seus quarenta anos de idade. Claro que não data de hoje o culto à beleza e a vaidade feminina, ela se perde na memória do tempo. Todavia, nunca foi tão exagerada e obsessiva como está sendo no terceiro milênio, no qual parece só existirem dois valores preponderando no universo feminino: beleza e juventude, o que significa uma extremada preocupação com a aparência.

Assim, entre o Parecer e o Ser ganha de longe a superficialidade do parecer em detrimento da fundamental importância do Ser, da essência, dos conteúdos da interioridade e da consciência de si mesmas, tão fundamentais para a afirmação e o sucesso do indivíduo em seus empreendimentos e no seu conceito como pessoa, ambos indiferentes para os fatores beleza e juventude.

É natural que as mulheres desejem prolongar a aparência jovem do rosto, que cuidem da pele, que usem recursos de preenchimento de rugas e até cirurgias reparadoras, que se esforcem para manter os corpos esbeltos e os músculos em forma, procurando as academias e preocupando-se com a alimentação correta. O que é condenável é o excesso, é a volúpia com que partem para as sucessivas lipos, plásticas, preenchimentos com botox e metacrilato, mas das vezes piorando a aparência, ficando irreconhecíveis. Algumas de tanto fazerem musculação pesada, ficam com aparência de Rabos de saias.

A tendência das mulheres vaidosas é correrem atrás das modas, é de consumir tudo que a propaganda e a indústria da cosmetologia tentam vender, manipulando a vaidade feminina com a idéia de que a felicidade está diretamente relacionada à beleza e a aparência jovem, à magreza e a corpos musculosos, a formas voluptuosas e a cabelos perfeitos. Em assim sendo, institui-se o dogma da beleza e a tirania da juventude ditando o comportamento feminino.

E a palavras de ordem passam a ser: Academia, massagista, clínica de preenchimento com botox, implante de silicone, megahair, lipoaspiração e cirurgia plástica, além dos milagrosos potes de cremes. A personagem Melissa chega a falar com as células do rosto, enquanto passa cremes caríssimos importados, conforme lhe ensinou o vendedor do produto, prometendo-lhe um rejuvenecimento definitivo. Melissa pode parecer uma caricatura, um exagero, mas não é. Este tipo de mulher fútil, superficial e narcisista existe em profusão.

A psicóloga, pedagoga e escritora Neusa Padovani Martins, em um dos seus lúcidos artigos, dá o oportuno e importante grito de alerta às mulheres, que não posso deixar de transcrever aqui. Diz a autora: “[...] é urgente que se devolva às jovens e às mulheres em geral o senso principal da feminilidade, a questão da liberdade feminina de optar-se por ser como se quiser ser.

É necessário fazer com que uma jovem saiba que sua missão como mulher vai muito além do simples prazer que possa proporcionar com seu belo visual. É preciso fazê-la ver que sendo o verdadeiro foco do concorrido mercado da beleza, tornou-se submissa a ele pela própria característica que ele tem.

Ao vender sonhos de beleza eterna, a indústria da beleza vende a idéia de que para ser feliz é necessário ser bela para sempre, e só. Como se o saber e o fazer fossem componentes sem nenhum valor na personalidade de uma jovem. E embora o sábio mercado publicitário agregue à idéia da beleza o conceito da saúde e inteligência, fica implícita a mensagem de que para uma mulher Ter sucesso na vida ela tem que ser bela e eternamente jovem.

Fica aqui a pergunta: para que servirão as lições aprendidas em tantas lutas sociais que tiveram como bandeira a emancipação feminina? Será que ficaram perdidas num pote de um caro creme rejuvenescedor? Será que acabaram dentro de um mero tubo de tinta que servem apenas para esconder os cabelos brancos tão reveladores da falta de juventude? Será que ficaram calcadas nas finas linhas do tempo que insistem em vincar uma pele antes jovem e macia? Diga você, mulher, jovem ou não, para que serviram afinal tantas batalhas travadas pelas nossas avós?”

6 de agosto de 2009

A grande noite de glória da "Princesa Devassa"!

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“Quando a gente acha que já ouviu tudo sobre Priscila Pires, a morena vem com uma pérola pior — ou melhor! — que a outra. Em entrevista à revista “Playboy” de agosto, da qual é a estrela da capa, a ex-BBB confessa que já teve seu momento bissexual. “Já fiz com meu namorado e outra mulher. Foi ótimo”, fala, referindo-se ao namorado Fred Ciarla. A morena diz ainda que fantasia transar com dois homens ao mesmo tempo. E que tal mais de dois? “Não, não. Orgia não dá! Não tem tanto buraco assim, né?”. Acha pouco? Priscila afirma que homem, para ela, tem que ser tarado e que odeia flores. “Em vez de flores, me dá um brinquedinho sexual”. (Esta nota saiu no jornal online paranaense BemParaná). Que moça refinada! Que linguagem (essa dos buraco foi mara! Se tivesse mais de três buracos..., que mulher classuda!).

No EXTRA online, soltaram este comentário irônico e nada lisonjeiro sobre a “Princesa devassa”, com foi denominada pela revista: “ Priscila Pires contou na coletiva da Playboy, ontem, em São Paulo, que o piercing íntimo em forma de BBB que usou para as fotos é em homenagem “a Boninho, pois, se não fosse ele, não teria entrado no programa; Bial, que sempre foi carinhoso comigo; e ao Brasil, que me apoiou. São os três Bs da minha vida”. Sobre o ensaio que reproduz o set de um filme pornô com 10 homens nus, disse: “Resolvo tudo na cama. Acho sexo fundamental, não existe melhor remédio para brigas”. Priscila gosta tanto que até pensa em ganhar dinheiro com o que chama de casa dos fetiches: “Não é puteiro, é um lugar onde se realizam fantasias sexuais”.

O EGO noticiou o evento e relatou a festinha. Segundo o repórter, “O piercing genital de Priscila, uma homenagem para os amigos Pedro Bial e Boninho, também fez sucesso na noite que marcou o lançamento da revista”. Claro! É a coisa mais importante que ela tem para mostrar e se fazer falada. Que homenagem! Onde você foi parar, heimmm Bial?! Pendurado na “perseguida” da Kiwi! Pegou mal, Bialzinho! Que Boninho esteja pendurado na pixoca da “Princesa Devassa”, ainda vá lá, pois os dois se equivalem. Mas, você, Bial, um homem de cultura, inteligente e com um passado brilhante no tele jornalismo e como escritor... é uma lástima!

Mandou muito mal mesmo, Bial! Ainda mais com o bandeiraço que ela já havia dado antes, enviando-lhe as calcinhas de presente de aniversário e, agora, homenageando-o xoxotescamente. Poisé, não se deu ao respeito..., ficou todo lisongeado e envaidecido... Caiu do pedestal, meu Bial! Peraí, Bialzinho, se pelo menos fosse um anel, um medalhão no pescoço ou um broxe, o que seria uma homenagem bonita e refinada, mas figurar logo nesse lugar ... na xoxota da moça... é muito para meu entendimento! E ainda ficou emocionado!!! Pasmem!!! Ai, Bialzinho você é muito mais que isso... será que o mal é da idade? Confesso que senti pena de ver o famoso apresentador descer tanto e nivelar-se à uma mulher tão vulgar e primária.

Ó, Júpiter! As militantes feministas lutaram durante anos em prol de melhores e mais justas condições de vida para as mulheres, batalharam por direitos paritários com os dos homens, empenharam-se exaustivamente na luta por respeito pelo o sexo feminino e conseguiram tantas vitórias, somaram tantas conquistas. O que pensam muitas delas que ainda vivem vendo a caminhada célere da mulherada na rota do rebaixamento da dignidade, da perda do senso do ridículo, no enxovalhamento da imagem, na aflitiva falta de respeito por si mesmas, que as arrastam para uma crescente e célere decadência moral.

Claro que não é a maioria das mulheres que aderiu à promiscuidade, à devassidão destravada, à vulgaridade sórdida e sem limites. Hoje, para uma certo tipo de Mulher de cabeça vazia, libido descontrolado e em alta, uma bunda grande vale mais que um título de Doutorado. E, se o bundão for complementado por peitões estufados com silicone e por um piercing na genitália, então a fulaninha pode apostar que vai encher o cofrinho e fazer sucesso em um determinado meio, que nenhuma mulher que se preza freqüenta, e com certas pessoas do mesmo naipe com as quais se afina. E isto, na primeira década no terceiro milênio, no limiar de um século que era anunciado como sendo o da nova era, de uma espécie de neo-renascimento do Homem e de crescimento vertical da humanidade.

Toda essa reflexão veio a propósito das lastimáveis declarações de Pricilene acerca das suas preferências e práticas sexuais, relatando as suas discutíveis proezas eróticas e revelando detalhes sórdidos de suas intimidades que só deveriam interessar a ela mesma e aos seus parceiros. O execrável não é o que se faz no recolhimento do quarto, pois as pessoas são livres para darem vazão às suas fantasias, taras e desejos.

O abominável e sórdido é escrever um livro divulgando tais práticas (como fez Fani) ou enumerá-las em entrevistas publicadas em revistas masculinas, como se fossem a coisa mais natural e mais decente do mundo e não um lastimável, obsceno e execrável desvio de conduta, que aponta para a degradação moral da pessoa. A mesma que na casa do BBB9, descreveu para Max sua técnica de masturbação, sem perigo de ser surpreendida pelas câmeras. A conversa foi sebosa e cheia de detalhes deploráveis, a mesma que, sob o edredom, mostrou o piercing a Flávio. Mexeu tanto que o adorno xoxotesco causou uma inflamação. Que coisa mais feia!

Quando a gente acha que já ouviu tudo sobre Priscila Pires, a morena vem com uma pérola pior — ou melhor! — que a outra. Em entrevista à revista “Playboy” de agosto, da qual é a estrela da capa, a ex-BBB confessa que já teve seu momento bissexual. “Já fiz com meu namorado e outra mulher. Foi ótimo”, fala, referindo-se ao namorado Fred Ciarla. A morena diz ainda que fantasia transar com dois homens ao mesmo tempo. E que tal mais de dois? “Não, não. Orgia não dá! Não tem tanto buraco assim, né?”. Acha pouco? Priscila afirma que homem, para ela, tem que ser tarado e que odeia flores. “Em vez de flores, me dá um brinquedinho sexual”. Sem comentários, a não ser exclamações: Que nojo!!! Quanta ordinarice!!!

Priscila Pires contou na coletiva da Playboy, em São Paulo, que o piercing íntimo em forma de BBB que usou para as fotos é em homenagem “a Boninho, pois, se não fosse ele, não teria entrado no programa; Bial, que sempre foi carinhoso comigo; e ao Brasil, que me apoiou. São os três Bs da minha vida”. Acho sexo fundamental, não existe melhor remédio para brigas”. Priscila gosta tanto que até pensa em ganhar dinheiro com o que chama de casa dos fetiches: “Não é puteiro, é um lugar onde se realizam fantasias sexuais”. Sobre o ensaio que reproduz o set de um filme pornô com 10 homens nus, disse: “Resolvo tudo na cama”. Acho que o texto prisciliano dispensa comentários! Que nojo!!! Quanta ordinarice!!!

Ainda há quem duvide que a Princesa irá ser estrela de filme pornô? Se pagarem bem, ela fará não apenas um filme quente, mas sim uma série inteira de exaltação à luxúria.