30 de julho de 2010

Cleyde Yáconis, um exemplo de vida...




Cleyde Yáconis, de 86 anos, deverá ficar afastada das gravações de "Passione" por alguns dias. A grande dama da dramaturgia, que interpreta a personagem Brígida na referida novela, sofreu uma fratura no fêmur, ao escorregar no apartamento onde fica, quando está no Rio.
A atriz saiu do pós-operatório às 11h desta quarta-feira (28) e foi para o quarto do hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.
Cleyde mora numa chácara em São Paulo e, por causa das gravações da novela, tem dividido seu tempo entre as duas cidades.

Segundo seu assessor de imprensa, ela já ficou de pé, sentou e deu dois passos. Está ótima e quer voltar a gravar o quanto antes. A previsão é de que a atriz tenha alta até sábado (31).

Na hora da queda, Cleyde foi socorrida por uma empregada que a acompanha há 60 anos. A produção da Rede Globo foi acionada e um serviço de resgate médico foi enviado para levá-la ao hospital.

Na cirurgia, que durou duas horas, foi colocada uma prótese no lugar da fratura por meio de uma incisão na perna. Logo que terminar as sessões de fisioterapia, ela voltará às gravações da novela.



Fonte: EGO

22 de julho de 2010

Coragem, fé e força, Cissa Guimarães!


Perder um filho jovem, vendendo saúde e alegria de viver, vê-lo partir subitamente, para nunca mais retornar, é a pior, a maior e a mais angustiante dor que uma mãe pode sentir.  Vê-lo sair de casa para fruir alguns momentos de brincadeiras com amiguinhos, caminhando com os próprios pés, e retornar em uma urna mortuária, é uma experiência dilacerante.  Cissa Guimarães está enfrentando esse tipo cruel de provação, para a qual não há palavras que a consolem... Já vi vários casos semelhantes acontecerem com pessoas da minha família: minha mãe, minha irmã e, mais recentemente, minha sobrinha. Portanto, sei muito bem o que se passa no coração magoado e estraçalhado de Cissa.

Há dias , eu estava aborrecida com as aparições dela na Globo, anunciando o tal torpedão, da forma como fazia. Nem por isso, deixei de me sentir solidária com sua dor e comovida com o seu sofrimento.  O que quero é consignar aqui o meu grande e caloroso abraço, de mulher e de mãe, para ela, pedindo às energias positivas do universo que a amparem, protejam e ilumine.

                  

10 de julho de 2010

Na contramão da ditadura da magreza!



Cinco das modelos "plus size" brasileiras mais requisitadas do mercado posaram juntas para um projeto para lá de sensual. O ensaio, batizado de "Top 5", reúne Andrea Boschim, Bianca Raya, Celina Lulai, Mayara Russi e Simone Fiúza em fotos com pouca roupa, biquíni ou modelitos decotados. A idéia do projeto, segundo a assessoria, é valorizar a mulher como ela é, na contramão da ditadura da magreza que impera no mundo fashion.

 “Temos a missão de levar uma imagem de aceitação, mulheres que fogem dos padrões impostos pela sociedade e pela mídia, a imagem de autoaceitação. Podemos ser lindas e sensuais mesmo acima do peso. E o mais importante é temos saúde!”, diz Simone Fiúza idealizadora do projeto.

Andrea Boschim - que além de modelo é uma das organizadoras do Fashion Weekend Plus Size (FWPS), primeiro evento de moda realizado no país exclusivamente para o público plus size, que acontece nos dias 23 e 24 de julho, em São Paulo - faz coro com Fuúza e garante que "a sensualidade ultrapassa o manequim 38".

 Num mundo em que os padrões de beleza ainda se resumem a mulheres macérrimas -vide as tops da SPFW -, Fluvia Lacerda é exceção. A modelo, que ficou conhecida no meio da moda como Gisele Bündchen tamanho GG, mede 1,73m e veste 48. “Não me peso. Acho que é só um número, sabe? As pessoas vivem aprisionadas a isso. Minha única preocupação é com a saúde”, conta ela, que faz parte do casting ”plus size" da agência Ford, que criou um departamento para as modelos mais "cheinhas", o Ford +. 
Fluvia trabalha como modelo há sete anos, e lamenta o fato de que no Brasil não há mercado para ela. “O país ainda está atrasado no assunto. A demanda é inquestionável, mas há preconceito”. Com os cachês que já ganhou em campanhas e editoriais de moda, ela comprou um apartamento em Nova York, onde mora com o marido e a filha de nove anos, uma casa no México – “para as férias” - e uma na Austrália, país de seu parceiro. “A diferença do meu trabalho para o das modelos magras é que represento uma parte da população que até então estava oprimida, que era obrigada a trocar a sua felicidade por receitas fajutas de dietas malucas, medicamentos, cirurgias, entre outras coisas absurdas”, diz a modelo, fã de comidas brasileira, árabe e grega. “Nunca fiz uma dieta na vida. Não consigo me imaginar escrava dessas coisas”.

 Fluvia diz que nunca se pesa. Acho que é só mais um número, sabe? As pessoas vivem aprisionadas a ele, e também ao número da roupa. Isso não representa nada em minha vida. Faço check-ups anuais com o mesmo médico desde o nascimento da minha filha, que hoje está com nove anos. Minha única preocupação é com a saúde. E como meus exames sempre estão limpos, para que me escravizar com a balança? É mito associarem gordinhos a doenças. Sou saudável, pratico atividade física regularmente, tenho alimentação saudável, não como porcarias. Acredito que mais do que cuidar do peso, as pessoas deveriam aprender a cuidar da saúde. 
  
É engraçado quando me perguntam se fiz dietas malucas antres de virar modelo “plus size”, porque as pessoas não acreditam que nunca fiz uma dieta na vida. Não consigo me imaginar escrava dessas coisas, sabe? Contar os grãozinhos de arroz, viver de suco de melancia ou outras loucuras que as pessoas fazem. Sempre vai surgir uma dieta maluca aí para as pessoas seguirem, mas acho que está na hora das pessoas aprenderem a se amar como são e deixar de lado os comentários alheios. Não perca tempo com paranoias, vá se divertir com os amigos, coloque um biquíni e vá curtir o solzinho gostoso da praia. Ser feliz é o que importa nessa vida.

Tenho muita restrição a comida processada. Não como enlatados, empacotados, fast food, frituras, refrigerantes. Para mim, alimentação tem que estar mais próxima de sua forma original possível. Tenho a minha própria horta, e plantar já virou uma diversão em família. Venho estudando muito sobre agricultura holística, acho interessante aprender o quão distante hoje vivemos da realidade de uma alimentação natural. Como tudo que gosto, mas o que gosto não está entupido de aditivos químicos que podem danificar minha saúde. E volto a repetir: a prioridade é minha saúde. Portanto, minhas escolhas alimentares sempre são as melhores possíveis. 

 Devido ao número massivo de emails que recebo diariamente, acredito que as mulheres querem se libertar da escravidão emocional que é essa busca eterna a ideais de beleza que não refletem a maioria da nossa população. Acho que através do meu trabalho consigo expor o outro lado da moeda. A diferença do meu trabalho para o das modelos magras é que estou representando uma parte da população que até então estava oprimida, que era obrigada a trocar a sua felicidade por receitas fajutas de dietas malucas, medicamentos, cirurgias, entre outras coisas absurdas. 

Pratico atividades físicas diariamente com uma personal trainner.Também faço ioga e, recentemente, comecei a natação. Aqui em Nova York, bicicleta é o meu meio de transporte.Além de fugir do trânsito, consigo apreciar a paisagem e ainda estar em constante atividade. Quando não estou trabalhando, dou uma folga para a pele e para o cabelo, e fico sem nada. Mas não saio de casa sem bloqueador solar, bebo muita água e uso muito hidratante, principalmente durante o inverno rigoroso de Nova York. 

Ainda há resistência no Brasil em relação às modelos gordinhas. Acredito que isso aconteça por dois motivos. Primeiro, o preconceito. As pessoas ainda vivem aprisionadas à ditadura da magreza e ao culto aos corpos perfeitos, mesmo tendo que se submeter a loucuras para se chegar a isso. O segundo é a falta de visão de negócios de todos os setores dentro do mundo da moda brasileira. A consumidora existe, a demanda é inquestionável, porém, as pessoas preferem perder dinheiro e oportunidades de crescimento por preconceito.

FONTE: EGO

7 de julho de 2010

Um louvor à Cleyde Yáconis

Cleyde Yáconis, uma das melhores e mais talentosas atrizes brasileiras, é um dos destaques da novela Passione. Onde interpreta o papel da sogra da, não menos talentosa e genial, Fernanda Montenegro. As presenças destas duas damas da dramaturgia nacional conferem à novela de Silvio Abreu um valor artístico de extraordinária grandeza. Completa e enriquece o núcleo dos idosos outros nomes já famosos e celebrados pelo público mais exigente: Aracy Balabanian, Vera Holtz, Eliaz Gleizer, Francisco Cuoco, Leonardo Villar, Flavio Migliaccio e Elimiliano Queiroz. Além de Mauro Mendonça, cujo personagem morreu já no primeiro capítulo.

A atuação do time veterano de Passione é um dos pontos altos da trama. Os atores de mais de 60 anos marcam presença tanto pelo número como pela qualidade de seu trabalho. Além destes, a novela ainda nos presenteia com um elenco de excelentes atores e atrizes com idade abaixo dos sessenta anos. Mas, sobre estes escreverei em outra oportunidade, porque hoje dedico mais espaço para a extraordinária Cleyde Yáconis, interprete de Brígida, personagem que vem conquistando a simpatia do público. 
Transcrevo daqui por diante a matéria postada no R7 sobre a atriz:

“O grande mistério sobre o que acontece no quarto entre dona Brígida (Cleyde Yáconis) e o motorista Diógenes (Elias Gleizer) em Passione (Globo) é apenas um dos elementos que demonstram a participação ativa e a vivacidade dos idosos na trama de Silvio de Abreu.

Em entrevista ao R7, a intérprete de Brígida, Cleyde Yáconis, afirmou que “seja o que for” que se passe entre os dois, não é isso o que a preocupa. Mas, sim, o questionamento sobre a velhice. Ela é um dos destaques da trama.

- Não sei qual o rumo de Brígida e Diógenes, mas não é isso o importante. Eu me preocupo com a idade, com a velhice. Nós, idosos, não somos incapacitados. Às vezes, vou descer do carro e vem meia dúzia de pessoas para ajudar. Podiam nos perguntar se precisamos antes. Eu levo mais tempo para fazer as coisas que os mais jovens, mas eu consigo resolver o problema.

O temperamento forte, a vaidade e a falta de passividade de Brígida são o que, segundo a atriz, tem conquistado o público.
- Brígida é muito vaidosa, participativa, não se queixa de dor, está sempre presente nas discussões da família. É muito importante mostrar na TV uma pessoa mais velha assim, pois geralmente os idosos fazem sempre papéis de que estão morrendo.

De acordo com pesquisador em teledramaturgia da USP (Universidade de São Paulo) Claudino Mayer, os elementos da personagem de Cleyde estão presentes em nossa sociedade e, por isso, têm despertado o interesse no telespectador.
- Pessoas quase esclerosadas, pessoas que pensam que os mais velhos não servem para nada. Silvio de Abreu suscita essa discussão, mostra na novela que os idosos são capazes de opinar, de resolver problemas de casa, da empresa etc.

Aos 87 anos, Cleyde revelou que fazer este personagem tem lhe feito muito bem. E o motivo é simples: o jeito divertido de Brígida é bastante diferente dos papéis anteriores da atriz. 
- Meus últimos personagens foram velhas dramáticas, muito densas, pesadas. Essa é mais leve. Mas o jeito “entrão” e hiperativo da sogra de Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) não chega perto das características pessoais da atriz.
- Eu sou o oposto a ela [risos]. Sou calma, tímida. Mais do que seis pessoas juntas já é um tumulto para mim. Gosto de falar baixo, ficar na minha casa."
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Fonte e autoria: Vanessa Sulina, do R7
Foto por Alex Carvalho/Globo
                                            

4 de julho de 2010

Glória é uma Glória absoluta!



Glória Pires é uma das atrizes que mais admiro, não somente por por ser uma intérprete estupenda, como pela mulher equilibrada, discreta, inimiga da vulgaridade, uma mulher com uma vida privada irrepreensível, seja como mãe dedicada e presente, seja como esposa amiga e cúmplice, ou, ainda, como mulher social discreta, gentil, educada e muito simpática. Linda e inteligente, nunca perdeu a simplicidade e a modéstia. Hoje, li a matéria, abaixo transcrita, sobre Glória e não resisti à tentação de postá-la aqui.




"Ela já foi Maria de Fátima, Maria Moura e até Ruth e Raquel ao mesmo tempo. Completando 40 anos de carreira, Gloria Pires reuniu em um livro toda sua trajetória de sucesso na televisão e no cinema. No livro "40 anos de Gloria", Eduardo Nassif e Fábio Fabrício Fabretti contam a história da atriz e, através de depoimentos e fotos, os autores costuram a vida de uma das mais respeitadas artistas dos últimos tempos.

Em entrevista ao TE CONTEI, os dois falaram sobre o processo de produção do livro, o sonho em transformá-lo em documentário e, claro, a admiração pela atriz. "Sou amigo da Glorinha há 12 anos. Além de um ser humano fantástico, ela é uma pessoa completa. Em 2001, apresentei o projeto de um livro e de uma exposição sobre a carreira dela. Ela é muito empolgada e já começou a arregaçar as mangas junto comigo", conta Eduardo.

A ideia, no entanto, demorou um pouco a sair do papel. Por conta de problemas pessoais, o produção do livro só começou em 2008, quando Gloria resolveu fixar residência em Paris. "Achei que isso fosse atrapalhar, mas resolvíamos tudo pela internet. Não houve desgaste ou briga, só a diferença de fuso horário atrapalhou, mas tiramos de letra", completa.

O projeto já existia quando Fábio Fabretti foi convidado para trabalhar com Eduardo. O escritor só conhecia Gloria Pires por seus trabalhos na televisão, e ficou encantado com a atriz. "Nosso primeiro encontro foi muito divertido e descontraído. O que mais me surpreendeu foi a personalidade da Gloria, além do seu lado engraçado. Gloria foi uma grande surpresa, assim como minha amizade com o Eduardo e a produção desse livro", pontua.

Mesmo sendo amigo de longa data de Gloria Pires, Eduardo Nassif conta que também ficou surpreso com algumas histórias da atriz, como as dificuldades na infância: "Por conviver com ela há tanto tempo, já sabia de muita coisa, mas o que mais me surpreendeu foi saber das dificuldades financeiras que ele enfrentou. Não sabia que ela tinha passado por aquilo, como dormir em colchonete de favor, em casa de parentes".

Após dois anos de trabalho intenso, incluindo entrevistas, pesquisas e visitas à Biblioteca Nacional, Fábio Fabretti aponta a finalização do livro como a parte mais difícil do processo. "O 'vazio' ficou e deixou a vontade de continuar o projeto. Quando acabei o livro, me deu uma certa melancolia. Dois anos fazendo parte daquilo tudo, mergulhado naquela história, e de repente ponto final. Foi estranho. Senti falta de continuar. Acho que a vida da Gloria daria um documentário interessante e já conversamos sobre isso", conta. "Ainda é embrionário esse projeto. Estou conversando com uma produtora de São Paulo que se mostrou interessada
em produzi-lo. Assinarei o roteiro e a assistência de direção", finaliza Eduardo Nassif.

Por Naiara Sobral, do Te Contei  |