24 de novembro de 2013

Plenitude...


Na plenitude da impassível madrugada
ouço a mim mesma nos ecos do meu silêncio
que invadem o espaço da minha lucidez.
Sufoco o grito da inquieta memória
afasto as sombras do meu desassossego
quebro as amarras que me prendem a ti.
Ressurjo inteira, renascida e renovada
na intensa luminosidade do meu ser.
Recriada, regresso ao orvalho da madrugada
busco a frescura de uma verdade translúcida.
Impassível, desfaço a distância dos anos
abraço sem receios o outrora sem tempo
penetro resoluta nessa longínqua harmonia
adentro a solene perfeição deste silêncio..

(Zenóbia Collares Moreira Cunha)

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