26 de abril de 2015

Algumas reflexões sobre homossexualidade feminina.


A História e as pesquisas antropológicas têm mostrado que a homossexualidade é um fenômeno quase que universal.
Homens e mulheres afirmam, categoricamente, sua heterossexualidade. Não é difícil em sessões de psicanálise, não nas primeiras, é claro, a pessoa relatar ao profissional que teve um sonho erótico com um parceiro do mesmo sexo, e apesar do medo e indignação, o momento vivido na fantasia foi intenso, prazeroso e desfrutado até o final ou com um orgasmo durante o sono ou com o despertar e a masturbação.
Em rodinhas de amigas, muitas mulheres admitem algum tipo de fantasia com pessoas do mesmo sexo. Timidamente, revelam que gostam de assistir a filmes eróticos onde tem duas mulheres transando. "Será que por isso sou lésbica"?
Normalmente, não se vê uma mulher admitir que sentisse atração sobre a beleza física de outra mulher, assim como acontece com os homens, no entanto, algumas declaram sentir algo de "estranho" quando vêem a boca, ou o decote ou os gestos sensuais de alguma mulher, principalmente se ela for poderosa. Fazendo uma analogia simples: Poderosa = forte = homem.
Mas o que afinal desencadeia num indivíduo o interesse por um "sexo anormal", o que erroneamente e preconceituosamente se ouve dizer por aí? Não entendo preferência sexual como anormalidade. Primeiro porque, em minha opinião, sexo é coisa que se pratica entre quatro paredes e se está dentro deste limite, é normal para as partes envolvidas. Estamos falando aqui do ato sexual em si, entendam bem.
Bom, mas como é que isto acontece? Existe a questão do desequilíbrio hormonal, em conseqüência do mau funcionamento da hipófise e que num dado momento o individuo se vê no outro sexo. A medicina explica este fator com muita ou total propriedade: Como funciona nosso sistema endócrino e os sintomas apresentados por uma disfunção hormonal.
O que tenho visto com freqüência dentro do meu trabalho com sexualidade são tendências desencadeadas de momentos especiais vividos pelas pessoas, muitas vezes na infância, outras na adolescência e até mesmo depois de maduras.
Na infância, devido a traumas decorrentes de alguma cena de violência sexual presenciada contra a mãe ou alguém a quem muito se amava, ou mesmo de tanto se ouvir falar das infelicidades e desajustes sexuais dentro do âmbito familiar. Às vezes, a insatisfação dos pais quanto ao nascimento de uma criança do sexo oposto ao que eles desejavam, e sendo isto anunciado de maneira leviana e irresponsável, provavelmente, levando o sujeito a sua atual condição sexual.
Na adolescência, a menina com aparência fora dos padrões daquele momento e rejeitada pelos meninos, se vê desde esta época envolvida com uma amiguinha que detecta sua carência e por já ter sua opção sexual definida a envolve com seus carinhos e carícias. O mesmo acontece com os meninos.
Na maturidade, pode acontecer com as mulheres, após desilusões amorosas, violência sexual, e incapacidade de aceitar o sexo oposto, porque passou a vida inteira ouvindo sua mãe ou outras mulheres da família falando mal dos homens.
São inúmeros os fatores que influenciam as pessoas a optarem por se relacionar sexualmente com parceiros do mesmo sexo. Os homens, porque é mais pratico, falam a mesma língua, não têm frescuras... As mulheres, porque é mais romântico, falam a mesma língua, são cheias de frescuras...
A verdade é que seja qual for a opção tem que ser respeitada pelos que estão de fora. No entanto, acredito que discrição, em qualquer situação da vida, é, no mínimo, elegante. Não vejo porque andar por aí, contando para todo mundo o que você faz entre quatro paredes com a pessoa que você ama. Quem está feliz sexualmente, transborda isto! Não precisa contar. Contar, muitas vezes, significa dizer que você nem está tão feliz assim, mas precisa parecer que está.
Não importa se considerado normal ou anormal perante a sociedade e seus convencionalismos, o sexo - e tudo o que o envolve - deve ser camuflado, mas se você é do tipo assumidíssimo, "manda ver". Passe o seu recado, mostre suas convicções, sua preferência, dê o seu show, porque quando nos conhecemos por inteiro e definimos o que queremos para nossa vida, nada consegue nos atingir nem com palavras, ofensas e muito menos com julgamentos preconceituosos.
"Os bares gays costumam estar repletos de pessoas curiosas por ver essa forma 'estranha de vida'. Ao mesmo tempo em que se expõem à atmosfera homossexual, essas pessoas manifestam horror e repugnância pela idéia de homossexualidade. Analiticamente, pode-se demonstrar que essa ansiedade deriva de um estrato de homossexualidade latente, severamente reprimida na 'pessoa normal'.
Conscientemente, ela pode se considerar a salvo do perigo de 'contágio de doença'. Mas, por outro lado, seu comportamento perante o homossexual revela o medo de que ele possa ser suscetível a essa forma de conduta sexual. Em seu inconsciente, muitos indivíduos têm duvidas quanto à integridade de sua orientação sexual", cita o Psiquiatra Alexander Lower em seu livro "Amor e Orgasmo".
Forma estranha de Vida? Contágio de doença? Pessoa normal? Neste relato, o autor se preocupa em desfazer o preconceito de pessoas que em sua visão tem na sua essência a latência da homossexualidade. Ele destaca a curiosidade e a vulnerabilidade dos seres humanos que se dizem heterossexuais, mas que se excitam com a visão do movimento homossexual em lugares onde se apresentam ou se encontram com seus parceiros. Pessoas fisicamente e mentalmente saudáveis, intelectualizadas, sensíveis e corajosas, taxadas de doentes?
Cada um vive como quer! Porém, vai aí um conselho: se você fez uma opção sexual, fora dos padrões convencionais, e ainda não tem coragem de assumir publicamente, fique na sua. Para o seu próprio bem, seja feliz, dê exemplo de alegria e equilíbrio emocional e quem puder enxergar o motivo da sua felicidade sem se sentir agredido pelas suas imposições, certamente vai te respeitar. Falar é nada perto do exemplificar. Pense a respeito!

AUTORA DO ARTIGO: Jussara Hadadd, terapeuta holística, especializada em sexualidade.

16 de abril de 2015

A mulher sozinha

Discriminada pelas amigas, alvo de cantadas, ela descobre depois da separação que foi exilada

O mundo é injusto. Enquanto gays, blacks e outras minorias conquistam direitos, há uma completamente esquecida. São as mulheres sozinhas. Muitas são divorciadas, viúvas, outras nunca encontraram um amor. Talvez não exista grupo mais discriminado que esse, em todas as classes sociais. Basta uma mulher separada ir a um churrasco, para levar veneno. Se conversa com um homem que até pouco tempo, quando casada, era considerado um amigo da família, já desconfiam. Uma amiga da mulher do sujeito diz:
– Olha lá, a Heleninha dando em cima do seu marido.
Se tenta parecer atraente, criticam.
– Ela devia ter vergonha de se vestir assim, com as pernas totalmente de fora.
Se fica quieta, também leva ferro.
– Em vez de tentar refazer a vida, ela fica que nem uma estátua no canto. Está sozinha por culpa dela mesma!
Mulher que perde marido, ou que nunca teve mas continua no páreo, não costuma ser convidada para churrascos, festas, encontros de casais. Até as melhores amigas a tratam como se tivesse uma doença contagiosa. Calculam que a mulher disponível pode roubar o marido alheio. Pior: os homens consideram a solitária como disponível. Sentem até obrigação de dar em cima.
Se tem alguma idade e vai à festinha de aniversário do sobrinho ou a um baile funk, não importa, sempre há um machão pronto para dizer aos amigos:
– Vou sair com a coroa. É uma caridade.
Isso, mesmo que ela não esteja nem um pouco interessada.
Se é rica, ou bem de vida pelo menos, um garotão se aproximará. Mesmo que sinta uma enorme atração por ela, dificilmente assume o amor. Vai se exibir aos amigos.
– Ela me deu este relógio aqui. Disse que a gente vai para Nova York. É duro ser gostoso.
Discriminada pelas amigas, alvo constante de cantadas, a mulher descobre após pouco tempo de separação que foi exilada pela sociedade. E que não há uma entidade pronta a lutar por seus direitos. Mesmo porque, quais seriam exatamente? Ser convidada para festas? Ser desejada? Nenhuma lei pode determinar isso.
As que têm família, filhos, irmãs não ficam tão à margem da vida social. Mas os familiares também têm sua própria vida, e nem sempre disponibilidade para elas. Há a internet, onde sempre podem encontrar um antigo namorado, dos tempos de escola, e recomeçar. Ou conhecer algum sujeito também solitário, louco por um relacionamento. Algumas até se autoexportam. Há o caso de uma que, com os filhos crescidos, encontrou um novo amor em Portugal, pelo Facebook. Voou para lá e não pretende voltar.
A maioria forma grupos de amigas sem marido. Criam uma vida social à parte. Conheço um grupo de moradoras de Alphaville, bairro de classe alta de São Paulo, que vive exatamente assim. São três ou quatro amigas. Viajam para o exterior juntas todos os anos, alugam carro e atravessam países, saem juntas nos finais de semana. Ficam até nervosas se uma delas arruma namorado. O novo relacionamento ameaça causar rupturas no grupo. A amizade não exclui a competição. Certa vez, uma amiga minha saiu com a vizinha, também divorciada. Foram a um bar, onde a primeira conheceu um militar, de alta patente. Ele começou a flertar. Ela cometeu um erro: foi ao toalete. Quando voltou, a outra já tinha trocado telefone, e-mail e marcado novo encontro. Em dois meses, estava casada. Sim, é fato: mulher, quando não aguenta mais a solidão, é rápida. Também é fato: muitas se acostumam à situação. Já ouvi muitas vezes amigas se chamarem entre si de “marida”. Não são lésbicas. Apenas têm um relacionamento tão constante, que brincam a respeito. No fundo, fora o sexo, estão mesmo casadas, pois não se largam.
Pior: a mulher tem contra ela a estatística. Segundo o IBGE, até os 79 anos, morrem mais homens que mulheres. Um levantamento recente mostrou que a população brasileira é 51,5% feminina e 48,5% masculina. Aparentemente é uma diferença pequena, embora poucos pontos percentuais definam até o resultado de eleição. Em número, é gigantesca: há 5,8 milhões de mulheres a mais que homens. Conseguir um novo marido, portanto, é pior que capturar vaga em qualquer vestibular de medicina.
Nem todas as mulheres estão à procura de um homem, muitas se satisfazem com suas carreiras. Ainda bem. Mal sei que conselho posso dar, a não ser do ponto de vista individual. Seja prática. Se tem um marido, segura!
Ou prepare-se para se transformar numa excluída.

Autor: Walcyr Carrasco. 

9 de abril de 2015

O que faltou dizer de Amanda, Acioli disse!


Tomei a liberdade de postar aqui a excelente análise crítica publicada no blog Votalhada, da autoria de Acioli (aciolac@globo.com), comentarista desse respeitado site. 

Amanda Djehdian deve ter imaginado várias formas favoráveis de se comportar em um RS, mas eu duvido que algum dia ela imaginou que se exporia tanto porque um certo moreno alto, bonito e sensual causaria um curto circuito em seu cérebro no momento em que ela colocou os olhos nele. Só assim para explicar todos os eventos que se seguiram.
O que nós vimos, e não gostamos, foi uma mulher carente, desesperada, sem amor próprio, sem vergonha, sem pudores, sem noção, que mesmo com toda a liberdade - melhor seria dizer até libertinagem - que se vê hoje na TV, ainda assim causou desconforto na audiência. Longe de mim querer creditar toda a culpa do que aconteceu somente em Amanda, já que Fernando foi mais do que cafajeste com ela e com Aline, mas a sociedade ainda é machista, e ver uma mulher se comportar como um homem na relação causa estranheza e acho até bom que cause mesmo. Conquistar seu lugar na sociedade como cidadã com os mesmos direitos e deveres é uma coisa, mas cada sexo tem seu papel específico na relação interpessoal que deve ser mantido. Mesmo em casais gays, cada um tem seu papel, e não precisaria ser assim, se é, é porque é assim que funciona. Acho que ninguém deve mendigar o amor de ninguém, mas ver um homem fazendo isso no máximo dá pena do rapaz. Ver uma mulher causa repulsa. Porque não chegamos até aqui na conquista dos nossos direitos para ver uma representante da classe se humilhando em rede nacional, e por um cara que não vale uma unha quebrada. Disseram tanto que Adrilles era um stalker, mas quem eu vi perseguindo forte alguém ali foi Amanda.
Amanda entrou no jogo já dividindo as torcidas, de um lado, o público usual, a chamada turma do sofá, e de outro, a torcida insandecida das Clanessas da edição anterior que conseguiram garantir a vitória de Vanessa unicamente porque não vivem a vida em tempos de reality, passam os dias em seus smartphones e tablets postando, alçando o nome de sua favorita aos trending topics do Twitter, atacando fãs de outros brothers e votando. Assim fica difícil para qualquer outro concorrente competir. Mas Amanda, mesmo com o trabalho exaustivo das Clanessas, meteu os pés pelas mãos e ainda teve a falta de sorte de participar de uma edição com outro concorrente do tipo que também costuma arrebatar torcidas, o cowboy humilde de coração puro e verdadeiro.
Mas, diferente de Vanessa, que só colou em Clara para causar, sem se envolver, Amanda se apaixonou, caiu de quatro e pareceu jogar o jogo pro espaço, mas continuou jogando, e mais à frente eu explico porque.
Em questão de horas, Amanda se encantou, dormiu de conchinha com o boy magia da edição, sonhou que estava namorando, acordou amando e achando que era correspondida em um conto de fadas perfeito. Até a página dois, no dia seguinte, a entrada inesperada da bruxa Aline, que noucateou o gigante que até então estava conformado que sua única opção de pegação e formação de casal entre aquele elenco era mesmo a panda pegajosa.
Fernando então mais do que rapidamente, mirou suas armas para outro alvo bem fácil, a loira sonsa que concordava com tudo e só sabia dizer ahan, mas de boba não tinha nada, já que para disputar uma vaga com a estonteante Júlia, ela precisava de um artifício, e qual melhor do que formar casal?
E assim começou a trajetória de Amanda, uma das mais bizarras que já vimos em BBB e que causou a vergonha alheia mais comentada de todas as edições.
Amanda sofreu, chorou, se humilhou, se embebedou, tirou satisfações com Fernando, continuou lançando olhares lânguidos pra ele mesmo com Aline na jogada, se revoltou e se voltou contra ele, chegando a indicá-lo ao paredão com a desculpa mais idiota. Fernando voltou do paredão e a relação degringolou de vez, viraram inimigos declarados e Fernando se isolou com Aline, encontrando apoio em #Madrilles, o que fortaleceu a divisão da casa. De um lado os do bem, Mariza, Adrilles, Fernando e Aline. Do outro os do mal, Angélica, Rafael, Talita, Luan, liderados por Amanda.
Amanda reinava no reino do mal fazendo um esforço enorme para não demonstrar para o casal a dor de cotovelo que estava sentindo, mas não conseguiu esconder da audiência, e se tornava a cada dia mais amarga, sendo agressiva e rude sem motivo real com quem apoiava o casal. Amanda foi a responsável pelo bullying que fizeram com Mariza, porque não aceitava as inconvenientes mas pertinentes intervenções de Mariza.
Enquanto isso, o casal #Ferline parecia cada vez mais unido e apaixonado, tanto que Aline foi até pedida em casamento, olha que lindo!
E Amanda seguia em sua sede de vingança, profetizando que um dia Aline seria eliminada e então ela ficaria com Fernando.
Dito e feito! No paredão da verdade, Aline foi defenestrada e Mariza foi mera figurante. Que resposta melhor Amanda podia esperar? Ela não sabia que a diferença de porcentagem foi ínfima e que essa diferença era crédito unicamente das enlouquecidas Clanessas.

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7 de abril de 2015

Francine e Max posam no Paparazzo


Após seis anos sem se ver, Francine Piaia e Max Porto posam no Paparazzo, para a alegria do Team Maxine.
'Esperei muitos anos por isso', disse o ex-BBB sobre o reencontro. Eles namoraram durante o 'BBB 9' e depois moraram juntos por seis meses, ao final dos quais romperam a relação.
Segundo Max, eles pararam de se falar por "desentendimentos normais de um casal". "Não seguia a Fran nas redes sociais, em nada. Até que recentemente voltei a falar com ela no Twitter. As fãs adoraram e nos cobraram esse reencontro". Segundo ele, não via a hora de promover esse reencontro. "Não queria tomar a iniciativa, nem ela. Mas quando aconteceu, foi no momento certo. Esperei muitos anos por isso".
No ensaio que fez para o Paparazzo no ano passado, Fran contou que Max foi o homem por quem mais sofreu após o término do relacionamento. O ensaio de agora com o ex, segundo ela, não tem gosto de revival. "É um presente para as fãs que tanto gostam da gente", explicou a ex-BBB, que fez tatuagens de henna pelo corpo especialmente para o Paparazzo.


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